há pouco tempo postei aqui os gifs heréticos-renascentistas do canadense james kerr. daí que vi lá no trabalho sujo essas animações sensacionais que a produtora australiana jungleboys fez para o canal de tv abc1. são vinhetas da série cômica the elegant gentleman’s guide to knife fighting. não é só no brasil que a zuera não tem limites.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
domingo, 10 de novembro de 2013
vcpraça em são miguel paulista
ontem, 9 de novembro, passei o dia em são miguel paulista,
bairro-cidade de 300 mil habitantes na extrema zona leste de são paulo. fui
convidado para participar da quarta edição do festival do livro e da literatura
de são miguel e minha missão era conversar com quem aparecesse na praça
morumbizinho sobre a experiência do #vocêpraça e os assuntos atrelados (arte na
rua, ocupação da rua, intervenções, cidade, etc.). e depois andar um tanto pelo
bairro fazendo uns #vocêpraça e, aproveitando o embalo, uns #reiopixo.
na bonita e movimentada praça [um dos muitos lugares do
festival, programação aqui]
acabaram aparecendo umas dez pessoas e eu, que nunca tinha feito nada parecido,
deixei logo claro meu amadorismo nessa coisa de falar e que ficassem a vontade para me interromper,
afinal o lance ali era para ser realmente uma conversa sobre cidade arte na
rua. depois me dei conta que não me apresentei e nem peguei
nomes/ocupações/etc. do pessoal que participou. o nervosismo da hora me fez
esquecer o lado do jornalista.
único momento que registrei do encontro na praça morumbizinho; poucos depois, carlos (de boné), erika (de saia azul) e cauê (de barba) foram meus guias no rolê por são miguel
mas tirando o meu amadorismo, a conversa foi ótima e durou
cerca de uma hora. todo mundo falou, um monte de assuntos foram tratados,
consegui tirar algumas risadas (sempre um bom sinal), e saí de lá com aquela
sensação boa de encontrar pessoas legais e interessadas, gente que olha pros
lados, gente que ouve os outros.
daí que minha sorte máxima foi ter a companhia de três
participantes da conversa no rolê posterior para fazer os grafites/pixos.
erika, cauê e carlos, todos integrantes
do coletivo caixa preta e moradores ativos do bairro (poucos dias antes tinham
espalhado lambes poético-fotográficos por partes de são miguel), foram os meus
guias numa caminhada que teve quase 5 km, durou pouco mais de 5 horas, teve um
bom consumo de cervejas para hidratar a cabeça aquecida pelo solzão, paradas
estratégicas para conversas das mais variadas (de trabalho a relações
afetivas), 6 #vocêpraça (mais um na casa de erika e cauê) e 3 #reiopixo.
instantâneo do sábado em são miguel: 6 #vocêpraça e 3 #reiOpixo
no longo caminho de volta pra casa (uns 45 km, por aí)
pensei um bocado em como pequenos movimentos pessoais, absolutamente descompromissados,
mas feitos com entrega sincera, podem gerar ondas surpreendentes. e que uma das
melhores consequências disso são justamente os encontros com pessoas especiais
como erika, cauê e carlos. tenho certeza que faremos algo juntos por são miguel,
jardim lapenna, jardim pantanal e quetais. isso é só o começo pra todos nós.
fora o trio acima, e o resto das pessoas que participaram da
conversa na praça, gostaria muito de agradecer outras que tornaram esse 9 de
novembro um dia muito especial pra mim: paula galeano e inácio neto (fundação
tide setúbal), e jana soares. beijão, abração, tamos aí sempre.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
não é tempo para tratar de poéticas agora
capicua são números palíndromos, tipo um 1455665541 ou um 474. números que são lidos da mesma forma em um sentido e no seu reverso. capicua também é o pseudônimo de ana matos fernandes, a comandante da guerrilha cor de rosa, uma rapper portuguesa de 31 anos (portuguesa do porto, claro esteja) que tem um trabalho interessantíssimo e bastante engajado politicamente. saca só essa trinca.
o título da postagem é o verso final de "não, não, não subscrevo...", do poeta jorge de sena (1919-1978), que capicua usa no final de "jugular". o intelectual português, que também foi crítico, ensaísta, ficcionista, dramaturgo, tradutor e professor universitário, morou no brasil, nas cidades paulistas de assis e araraquara, entre 1959 e 1965.
conheci capicua através de uma tuitada de priscilla scurupa, que disse que a rapper seria uma mistura de lurdez da luz e anelis assumpção. é possível, é uma interessante mistura. e a música que priscilla citou, "casa no campo", tem citação e sampler de elis regina. quer dizer, realmente tem um tanto bom de brasil nas rimas e sonoridades dessa mc portuguesa.
ah, todos os trabalhos de capicua estão para download gratuito em seu site oficial: os dois EPs coletivos que participou em 2006 e 2007 e seus trabalhos solos, a mixtape capicua goes preemo (2008), capicua (2012) e a mixtape capicua goes west (2013), que ela fez rimas sobre beats do kanye west. os dois primeiros clipes são do disco de 2012 e "jugular" é da mixtape deste ano.
o título da postagem é o verso final de "não, não, não subscrevo...", do poeta jorge de sena (1919-1978), que capicua usa no final de "jugular". o intelectual português, que também foi crítico, ensaísta, ficcionista, dramaturgo, tradutor e professor universitário, morou no brasil, nas cidades paulistas de assis e araraquara, entre 1959 e 1965.
conheci capicua através de uma tuitada de priscilla scurupa, que disse que a rapper seria uma mistura de lurdez da luz e anelis assumpção. é possível, é uma interessante mistura. e a música que priscilla citou, "casa no campo", tem citação e sampler de elis regina. quer dizer, realmente tem um tanto bom de brasil nas rimas e sonoridades dessa mc portuguesa.
ah, todos os trabalhos de capicua estão para download gratuito em seu site oficial: os dois EPs coletivos que participou em 2006 e 2007 e seus trabalhos solos, a mixtape capicua goes preemo (2008), capicua (2012) e a mixtape capicua goes west (2013), que ela fez rimas sobre beats do kanye west. os dois primeiros clipes são do disco de 2012 e "jugular" é da mixtape deste ano.
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