O MANGUE NÃO PARA
Mundo Livre e Nação
Zumbi refazem clássicos um do outro em disco que celebra a atualidade e o poder
musical do movimento mangue beat
Pouco se falou, mas em 2012 se completaram 20 anos desde que
um bando de caranguejos com cérebro enfiou antenas parabólicas na lama. A
antena rodou meio mundo, mas continua lá, firme e forte, e tanto é verdade que
as duas principais bandas do mangue beat continuam ativas e acabaram de se
reunir em um excelente tributo ao movimento (ou seja, a eles próprios). É que o
disco Mundo Livre S.A. vs. Nação Zumbi tem
14 faixas e em sua primeira metade, a banda liderada por Fred ZeroQuatro refaz
clássicos dos amigos como “A Praieira” e “Samba Makossa”. Na segunda parte, é a
vez do grupo de Jorge Du Peixe devolver a cortesia em versões de “Bolo de
Ameixa” e “Musa da Ilha Grande”. Todas continuam fundamentais, mas a surpresa é
que também parecem atuais, novinhas em folha.
“O mangue beat é um movimento conhecido pela diversidade,
não existe uma sonoridade padrão. E o Nação tem um som próprio, um som forte.
Eles podem tocar qualquer coisa que vai parecer Nação. É um som complicado de
simular, então a gente tentou fazer com que as músicas deles soassem como a
gente tivesse acabado de fazer, como se fossem nossa [risos]”, afirmou Fred
ZeroQuatro após lembrar de um show em 1994, no Rio de Janeiro, no qual foi
chamado de emergência para substituir o guitarrista Lúcio Maia, do então Chico
Science & Nação Zumbi. Outra lembrança que o ajudou neste projeto foi a
Orquestra Manguefônica, uma big band formada pelos dois grupos e que fez uma
série de shows na segunda metade dos anos 2000.
“A gente tomou um cuidado muito grande para não tirar a
essência das músicas do Mundo Livre porque somos fãs também. Ao mesmo tempo
queríamos mostrar que são músicas elásticas e que podem trazer novidades. Fizemos
versões em estados alterados e elas superaram nossas expectativas também
[risos]”, disse Jorge Du Peixe, que também declarou que o próximo disco de
estúdio do Nação Zumbi sai em 2014 após um longo recesso da banda para projetos
pessoais de seus integrantes. Certeza que o mangue nunca deixará de nos
surpreender.
FILHOTES DE CARANGUEJO
Líderes das duas bandas indicam herdeiros
do manguebeat
FRED ZEROQUATRO: “Não tenho mais aquela energia pra acompanhar
tudo, mas sou muito fã do Eddie, que é de uma segunda geração do mangue beat.
Entre os mais recentes destacaria a Academia da Berlinda, a Catarina Dee Jah e
a Orquestra Contemporânea de Olinda. Tem muita coisa acontecendo, melhor mesmo
acompanhar blogs como o Recife Rock e o Coquetel Molotov”.
JORGE DU PEIXE: “Prefiro falar de Brasil porque o mangue
beat ajudou o país a se reconhecer cantando a nossa língua. E tem muita
referência boa aqui, e gente nova cheia de ideias. Tem que colocar essa
meninada pra se coçar como tenho feito com meu filho [Ramon Lira] e minha nora
[Louise Taynã, filha de Chico Science] no Afrobombas. É que tudo influencia
tudo, basta abrir os ouvidos”.
p.s.: tem ainda esse video curto com bastidores do nação gravando "livre iniciativa".
p.s.: tem ainda esse video curto com bastidores do nação gravando "livre iniciativa".
atualização: saiu o clipe com o nação zumbi tocando "musa da ilha grande". imagens de estúdio durante a gravação, na verdade, e os tambores/percussão não aparecem (parece que o nação virou um quarteto com jorge du peixe, lúcio maia, dengue e pupillo).
2 comentários:
interessante que os caras consigam inovar, em cima deles mesmos e depois de tanto tempo. De certa forma, isso mostra o quando estão descolados do que vem sendo feito.
o Manguebeat é incapaz de ser mais do mesmo, mesmo quando se revisita.
Jorge Du Peixe esta equivocado é o maior ladrão bandido marginal mal caráter psicopata fuleiro safado vigarista da música popular Brasileira. O que eles falam ai é tudo mentiras. Eles nunca criaram o Mangue Beat eles me roubaram o meu projeto musical Mangue Beat. E outra coisa eles não podem deixar herdeiros de frutos de roubos e mentiras. Tainã Science e Ramon Lira não são r nunca serão herdeiros do meu Mangue Beat porque quem criou tudo foi eu João Higino Filho Músico Compositor Criador E Idealizador Do Projeto Musical Mangue Beat.
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