ontem e hoje, o pensamento vivo da folha
"O regime militar (1964-1985) tem sido alvo de merecido e
generalizado repúdio. A consolidação da democracia, nas últimas três décadas,
torna ainda mais notória a violência que a ditadura representou [OLHA SÓ QUE
LEGAL].
Violência contra a população, privada do direito elementar ao
autogoverno. E violência contra os opositores, perseguidos por mero delito de
opinião, quando não presos ilegalmente e torturados, sobretudo no período de
combate à guerrilha, entre 1969 e 1974 [É ISSO AÍ, FOLHA. PARABÉNS POR TER
CHEGADO A ESSA CONCLUSÃO EM 2014. ANTES TARDE DO QUE NUNCA, NÉ].
Aquela foi uma era de feroz confronto entre dois modelos de
sociedade --o socialismo revolucionário e a economia de mercado [SÓ TINHAM
DOIS?]. Polarizadas, as forças engajadas em cada lado sabotavam as fórmulas
intermediárias e a própria confiança na solução pacífica das divergências,
essencial à democracia representativa [NÃO SEI VOCÊS, MAS JUSCELINO E JANGO NÃO
ME PARECIAM, E NEM TINHAM INTERESSE, EM POLARIZAÇÃO E NEM DITADURA COMUNISTA.
MAS PODE SER IMPRESSÃO MINHA, NÉ?].
A direita e parte dos liberais violaram a ordem constitucional em
1964 e impuseram um governo ilegítimo [MUITO BEM, QUASE UM NOME AOS BOIS, QUE MADURO].
Alegavam fazer uma contrarrevolução, destinada a impedir seus adversários de
implantar ditadura ainda pior [“AINDA PIOR”, E A FOLHA COMPROU ISSO, COMPRA ATÉ
HOJE PELO JEITO], mas com isso detiveram todo um impulso de mudança e
participação social.
Parte da esquerda forçou os limites da legalidade na urgência de
realizar, no começo dos anos 60, reformas que tinham muito de demagógico [AO
OLHOS DE QUEM CARA PÁLIDA?]. Logo após 1964, quando a ditadura ainda se continha em certas
balizas [OLHA A DITABRANDA AÍ, MINHA GENTE, ELA APARECEU], grupos militarizados
desencadearam uma luta armada dedicada a instalar, precisamente como eram
acusados pelos adversários, uma ditadura comunista no país [É COMPREENSÍVEL QUE
OS LIBERAIS DA ÉPOCA TIVESSEM ESSE MEDINHO, MAS HOJE EM DIA ACHAR QUE IRIA
ROLAR UMA DITADURA COMUNISTA OU SE É BURRO OU MAL INTENCIONADO].
As responsabilidades pela espiral de violência se distribuem,
assim, pelos dois extremos, mas não igualmente: a maior parcela de culpa cabe
ao lado que impôs a lei do mais forte, e o pior crime foi cometido por aqueles
que fizeram da tortura uma política clandestina de Estado [AH JURA?].
Isso não significa que todas as críticas à ditadura tenham
fundamento [AÊ, A DITADURA TEVE UM LADO BOM, SENÃO VEJAMOS...]. Realizações de
cunho econômico e estrutural desmentem a noção de um período de estagnação ou
retrocesso.
Em 20 anos, a economia cresceu três vezes e meia. O produto
nacional per capita mais que dobrou. A infraestrutura de transportes e
comunicações se ampliou e se modernizou. A inflação, na maior parte do tempo,
manteve-se baixa [O LADO POSITIVO QUE A FOLHA VÊ NA DITADURA FOI UM CRESCIMENTO
ECONÔMICO QUE PODERIA TER SIDO MAIOR OU MELHOR DISTRIBUÍDO NUM GOVERNO
DEMOCRÁTICO E QUE DO JEITO QUE ACONTECEU, CHEIO DE MAQUIAGENS, SÓ SERVIU PARA
ENDIVIDAR O BRASIL POR DÉCADAS. ENTENDI.].
Todas as camadas sociais progrediram, embora de forma desigual, o
que acentuou a iniquidade [OPA, NÃO SERÁ PORQUE ESSE CRESCIMENTO ECONÔMICO FOI
PARA POUCOS?]. Mesmo assim, um dado social revelador como a taxa de mortalidade
infantil a cada mil nascimentos, que era 116 em 1965, caiu a 63 em 1985 (e
melhorou cada vez mais até chegar a 15,3 em 2011).
No atendimento às demandas de saúde e educação, contudo, a
ditadura ficou aquém de seu desempenho econômico [AH PUXA VIDA, VACILARAM
NISSO, FOI? PORQUE SERÁ?].
Sob um aspecto importante, 1964 não marca uma ruptura, mas o
prosseguimento de um rumo anterior. Os governos militares consolidaram a
política de substituição de importações, via proteção tarifária, que vinha
sendo a principal alavanca da industrialização induzida pelo Estado e que
permitiu, nos anos 70, instalar a indústria pesada no país [PERAÍ, ENTÃO A
FOLHA TÁ COLOCANDO NA CONTA POSITIVA DA DITADURA ALGO QUE JÁ ESTAVA ROLANDO
DESDE, POR EXEMPLO, GETÚLIO E JUSCELINO?].
A economia se diversificou e a sociedade não apenas se urbanizou
(metade dos brasileiros vivia em cidades em 1964; duas décadas depois, eram
mais de 70%) mas também se tornou mais dinâmica e complexa [SEI NÃO, MAS PARECE
QUE A FOLHA TÁ QUERENDO DIZER QUE FOI A DITADURA, E SÓ A DITADURA, QUE O FEZ O
BRASIL SE URBANIZAR] . Metrópoles cresceram de modo desordenado, ensejando
problemas agudos de circulação e segurança.
O regime passou por fases diferentes, desde o surto repressivo do
primeiro ano e o interregno moderado [OLHA DITABRANDA, OBA!] que precedeu a
ditadura desabrida, brutal, da passagem da década, até uma demorada abertura
política, iniciada dez anos antes de sua extinção formal, em 1985.
As crises do petróleo e da dívida externa desencadearam
desarranjos na economia, logo traduzidos em perda de apoio, inclusive eleitoral
[DÍVIDA EXTERNA? MAS A ECONOMIA NÃO TAVA MÓ BOA? E COMO ASSIM EM PERDA DE APOIO
ELEITORAL?! QUE ELEIÇÃO?]. O regime se tornara estreito para uma sociedade que
não cabia mais em seus limites [FILHINHO, TODA SOCIEDADE, EM QUALQUER MOMENTO
HISTÓRICO, É MAIOR QUE UMA DITADURA. SÓ EM REGIMES DEMOCRÁTICOS SE PODE CHEGAR
MAIS OU MENOS PRÓXIMO À COMPLEXIDADE DE UMA SOCIEDADE, AFINAL SOMENTE NUMA
DEMOCRACIA TODOS PODEM SER ATORES POLÍTICOS]. Dissolveu-se numa transição
negociada da qual a anistia recíproca foi o alicerce [NEGOCIADA ENTRE AS PARTES
QUE TINHAM INTERESSE EM QUE NADA FOSSE JULGADO, CLARO ESTEJA].
Às vezes se cobra, desta Folha,
ter apoiado a ditadura durante a primeira metade de sua vigência, tornando-se
um dos veículos mais críticos na metade seguinte. Não há dúvida de que, aos
olhos de hoje, aquele apoio foi um erro [PERAÍ, VAI ROLAR A DESCULPA AGORA, ME
ABRAÇA].
Este jornal deveria ter rechaçado toda violência, de ambos os
lados, mantendo-se um defensor intransigente da democracia e das liberdades
individuais [ISSO, É ISSO AÍ!].
É fácil [OI?], até pusilânime [AH NÃO, LÁ SE FOI A DESCULPA MORRO ABAIXO],
porém, condenar agora os responsáveis pelas opções daqueles tempos, exercidas
em condições tão mais adversas e angustiosas que as atuais [TAVA PUXADO PRO SEU
FRIAS, NÉ?]. Agiram como lhes pareceu melhor ou inevitável naquelas
circunstâncias [ACHO QUE O MAIS FÁCIL É FALAR QUE O PESSOAL AGIU DO JEITO QUE
DEU PRO MOMENTO. PENSANDO BEM FOLHA, ASSIM DÁ PRA DESCULPAR O NAZISMO, A GUERRA
DO VIETNÃ, O KHMER VERMELHO, AS LOUCURAS ASSASSINAS DE STALIN E MAO TESÉ TUNG,
ETC.]
Visto em perspectiva, o período foi um longo e doloroso
aprendizado para todos os que atuam no espaço público, até atingirem a atual
maturidade no respeito comum às regras e na renúncia à violência como forma de
lutar por ideias [MAS PERAÍ, SE NÃO ME FALHA A MEMÓRIA NO ANO PASSADO A FOLHA,
ESTADÃO, E OUTROS ORGÃOS DE IMPRENSA, DEFENDERAM REPRESSÃO DO GOVERNO – ATRAVÉS
DA PM – ÀS MANIFESTAÇÕES DE JUNHO. SERÁ QUE APRENDERAM? SERÁ QUE APRENDEMOS?].
Que continue sendo assim."
aiaiai