De sorriso difícil, mas bem-humorado, Thaíde não se esquivou de nenhuma pergunta. Espantou seus medos de garoto, relembrou suas piruetas quando era dançarino de break, cantou "Cabo Laurindo", contou planos e arrependimentos, mencionou Deus e candomblé, e desnudou suas contradições. Aquela era uma terça-feira de 2007, ano em que lançou seu primeiro disco-solo, Thaíde apenas, o sucessor do longíquo Assim caminha a humanidade (Trama, 2000), último trabalho com DJ Hum.
E é como um bandeirante que empunha há mais de 20 anos seu facão que Thaíde abre sua picada na indústria cultural, amplia sua grade curricular (palestrante, apresentador de TV e ator) e viaja pra cima e pra baixo. Mas apesar do hip hop ser sua casa e o rap o seu quintal, como disse na entrevista, ainda mantém o desejo de comprar sua choupana. Para envelhecer costurando versos e rimas, como sonhou em público.
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