sexta-feira, 18 de junho de 2010

o que tem de bom em parar o tempo?

o cineasta andrei tarkovski (1932-1986) responde numa série de polaróides tiradas, no final da década de 1970, na rússia e na itália.

fiquei sabendo dessas polaróides via @andre_conti que me levou ao blog poemas del río wang (em espanhol e inglês) que, por sua vez, indicou o site (em russo) que digitalizou essas e outras imagens. agora, sobre tarkovski. sua carreira se resume a 8 longas (sendo que 1 documentário), 2 médias e 1 curta. vi apenas o belíssimo a infância de ivan (1962) e o impressionante e difícil stalker (1979). não consegui ir até o final de solaris (1972). dormi, confesso. ah, li seu livro esculpir o tempo (martins fontes, 1998). e só. quer dizer, tarkovski é cultuado por muitos cinéfilos mundo afora (e merece toda admiração, afinal é cineasta-artista como poucos), mas definitivamente não está entre meus preferidos. talvez seja por causa de tanta metafísica, tanta filosofia e tanto silêncio (e olha que gosto de silêncio). mas jamais esquecerei o impacto que senti ao ver a infância de ivan e seus lindos movimentos de câmera (como esse, no qual o soldado suspende a moça sobre uma vala e a beija, enquanto a câmera desce e sobe, acompanhando o movimento). observação: esse trecho não tem legenda alguma, portanto é cada um por si e o russo contra todos. mas dá pra sentir bem o clima entre o casal.

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