1. pinóquio
(globo livros), de winshluss
2. habibi
(quadrinhos na cia.), de craig
thompson
3. wilson
(quadrinhos na cia.), de daniel clowes
4. animal'z
(editora nemo), de enki bilal
5. os melhores
inimigos - vol. 1 (ática), de jean-pierre filiu
(roteiro) e david b.
(desenhos)
6. a máquina de
goldberg (quadrinhos na cia.), de vanessa
barbara (roteiro) e fido
nesti (desenhos)
7. minha vida
ridícula (zarabatana books), de adão
iturrusgarai
8. pagando por sexo
(martins fontes), chester
brown
9. deus essa gostosa
(quadrinhos na cia.), de rafael
campos rocha
o pinóquio feio,
sujo e malvado do francês vincent “winshluss” paronnaud (co-diretor da animação
persépolis) realmente me pegou de
surpresa. não esperava uma história tão louca e ousada, e longa e com tão
poucos diálogos. o habibi de craig
thompson também foi surpresa porque gostei do seu livro anterior (retalhos), mas essa história inspirada
nas mil e uma noites tem muita pesquisa e um lirismo arrebatador e adulto. de
resto, qualquer coisa de daniel clowes entra em qualquer lista, bem como do meu
ídolo de outras eras (enki bilal), que fazia tempo não lançava nada de novo
(ele se aventurou no cinema e tals), e do francês david b., que desta vez saiu
do confessional (epiléptico)
e passou a tratar de política global em uma interessantíssima trilogia sobre as
relações dos estados unidos com o mundo árabe.
os brasileiros chegam na segunda metade da lista, começando
com o divertido e afiado a máquina de
goldberg, passando para o humor despachado de adão iturrusgarai (com vários
convidados), o deus gostosamente humana de rafael campos rocha e a ótima ficção
científica v.i.s.h.n.u. no meio
desse pessoal, o canadense chester brown e sua singular relação com o sexo.
neste ano também saíram ótimas e muito bem produzidas
edições especiais como toda a rê bordosa
(angeli), diomedes (lourenço
mutarelli) e os zeróis (ziraldo),
além do relançamento de clássicos como a
trilogia nikopol (enki bilal) e o incal
(moebius). mas não custa lembrar outros bons e inéditos quadrinhos lidos por
aqui, tais como guadalupe (angélica
freitas e odyr), monstros! (gustavo
duarte), adeus tristeza – a história dos
meus ancestrais (belle yang) e j.
edgar hoover (rick geary).
p.s.: no mais, acho que o grande lançamento quadrinístico do
ano (mas que ainda não ganhou edição nacional e nem sei se ganhará) foi o
espetacular building stories, de chris ware, uma caixa com 14
histórias em diversos formatos (tirinhas, jornal, tabuleiro, etc) que podem ser
lidos em qualquer ordem e assim traçam um panorama aberto de uma série de
moradores de um prédio.
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