classicão roqueiro da gota serena, "house of the rising sun" (ou "the house of the rising sun" ou ainda "rising sun blues") não tem pai, nem mãe, mas é fruto da intensa nova orleans no final do século 19 e de seus alegres e fatais puteiros (que também geraram o jazz). os primeiros registros fonográficos só foram acontecer na década de 1930 e devem muito a john e alan lomax (pai e filho), pesquisadores que saíram pelos estados unidos - como mário de andrade fez aqui - gravando músicas tradicionais, negras e brancas. músicas folk, folclóricas. esses primeiros registros possibilitaram que já na década de 1940 surgissem versões de figuras como woody guthrie e lead belly, e depois weavers, frankie laine, joan baez, bob dylan e nina simone. esta gravou em duas ocasiões. mais lentamente em nina at the village gate (colpix, 1962) e numa versão mais rápida em nina simone sings the blues (rca, 1967). fiquei com a mais rápida.
entre uma gravação e outra de nina, a música estourou mundialmente sob a responsabilidade de eric burdon e seus animals. era 1964.
o sucesso foi tão grande e essa música fez tanto sentido para tantas pessoas que logo nasceram traduções mundo afora. no brasil, por exemplo, agnaldo timóteo gravou "a casa do sol nascente" (versão de fred jorge) no disco surge um astro (odeon, 1965).
aqui ao lado, na colômbia, los speakers mandaram ver em "la casa del sol naciente".
e não é que no irã também rolou uma?! é de um pessoal chamado group takhala la e foi chamada de "dokhtar e darya", e não sei o que significa nada disso. mas ouvi essa versão - o gatilho pra esse transversão - no disco raks! raks! raks! 17 golden garage psych nuggets from the iranian 60's scene (raks records, 2009), uma dica quente de zeca camargo em seu blog.
e agora, pra encerrar com chave de ouro e em dose dupla, duas gravações em gêneros preferidos da casa. começando com jazz e donald byrd, e retirada do delicioso disco up with donald byrd (verve, 1964). ao piano, um jovem herbie hancock.
e passamos a régua com reggae estiloso de gregory isaacs, em registro do disco pardon me! (ras, 1992).
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
transversão #31
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3 comentários:
Isso é ouro, Dafne! Obrigada por compartilhar conosco.
Beijo,
Ariane
legal que gostou, ariane.
tamos aí mandando brasa. e se você tiver alguma dica, mandaê. beijos.
legais, as versões.
eu gosto dessa meio blues fim de noite da Thalia Zedeck: http://www.youtube.com/watch?v=yJ9Bv2ArkTI
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