não consegui ir nos shows que a ná ozzetti fez nos últimos anos com o repertório da carmen miranda (1909-1955), mas acabei de receber um e-mail da gravadora mcd avisando que o disco balangandãs será lançado no final de maio (e já estão disponíveis no hotsite do disco alguns trechos deliciosos). boa coincidência porque agora, no começo de maio, sobe no gafieiras a entrevista que fizemos com a cantora em seu sítio nos arredores de jundiaí (sp). segue um trechinho em que ná fala sobre carmen.
"Já na faculdade entrei no Rumo, e aí não tinha como fazer uso dessas escolas porque era o canto falado. Quando não era canto falado era o Rumo aos antigos, que me levou a ouvir as cantoras antigas. Foi assim que conheci a Carmen Miranda mais a fundo e fiquei fascinada. Pra mim era uma incógnita aquele jeito de cantar, aquela pegada sambista cheia de graça e malandragem que ela tinha. Descobri que tinha mais facilidade pra imitar a Carmen Miranda do que pra imitar a Elis Regina, por exemplo, ou a Maria Bethânia, porque elas tinham uma outra natureza de voz e minha voz se aproximava mais da brejeirice da Carmem Miranda. Então comecei a perceber essas coisas de pra onde rendia mais a minha voz. No Rumo parei de ter como referências as outras cantoras que tinha até então. Tinha um pouco da Carmen Miranda pra cantar o Rumo aos antigos e nas outras, do Rumo, era a Ná mesmo, nua e crua, porque não tinha referência nenhuma de músicas que lembravam músicas do Rumo pra tentar cantar igual."
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