agora chegamos ao brasil, tudo muito mais próximo, mais quente, etc. e tal. sinceramente achei que foi um ano bem bom por essas bandas, infinitamente superior ao ano dos estrangeiros: muita surpresa, vários discos bons de cabo a rabo, variadão de verdade. foi difícil, bati cabeça, mas aqui estão os 25 principais lançamentos brasileiros segundo a gerência.
academia da berlinda – olindance (independente)
anelis – sou suspeita estou sujeita não sou santa (scubidu records)
arthur de faria e seu conjunto – música para ouvir sentado (casa de francisca/natura)
bambas 2 (soul city/natura/universal)
bixiga 70 (traquitana discos)
caçapa – elefantes na rua nova (garganta records)
criolo – nó na orelha (matilha cultural)
felipe cordeiro – kitsch pop cult (independente)
domenico – cine privê (coqueiro verde)
gal costa – recanto (universal)
gui amabis – memórias luso-africanas (independente)
karina buhr – longe de onde (coqueiro verde)
kassin – sonhando devagar (coqueiro verde)
kiko dinucci, juçara marçal e thiago frança – metá metá (desmonta/circus produções)
leandro lehart – ensaio de escola de samba (independente)
lirinha – lira (independente)
marcelo camelo – toque dela (universal)
momo – serenade of a sailor (pimba/tratore)
pélico – que isso fique entre nós (yb music)
rodrigo ogi – crônicas da cidade cinza (independente)
romulo fróes, kiko dinucci, marcelo cabral e rodrigo campos – passo torto (yb music/phonobase)
são paulo underground – três cabeças loucuras (submarine records)
seu jorge – músicas para churrasco vol. 1 (cafuné/universal)
wado – samba 808 (independente)
zé miguel wisnik – indivisível (circus produções)
e aí? algum destaque? eu poderia facilmente eleger o nó na orelha do criolo como o disco do ano, afinal foi a grande história musical de 2011 (muita música boa, grandes arranjos, intérprete da pesada e por aí vai), mas resolvi destacar os discos que emplacaram mais músicas na minha memória afetiva: sou suspeita estou sujeita não sou santa, bambas 2, nó na orelha, lira, serenade of a sailor e samba 808.
claro que a história não acaba aí (como visto na lista gringa) e agora seguem outros 15 discos que também merecem (e muito) ser ouvidos.
adriana calcanhotto – o micróbio do samba (sony music)
autoramas – música crocante (coqueiro verde)
china – moto contínuo (joinha records/trama virtual)
cida moreira – a dama indigna (jóia moderna)
eddie – veraneio (pogo tropical/soul city)
emicida – doozicabraba e a revolução silenciosa (independente)
emiliano castro – kanimambo (independente)
mallu magalhães – pitanga (agência de música/sony music)
marginals (independente)
marisa monte – o que você quer saber de verdade (phonomotor/emi)
me & the plant – the romantic journeys of pollem (independente)
mundo livre s/a – as novas lendas da etnia toshi babaa (coqueiro verde)
romulo fróes – um labirinto em cada pé (yb music)
savave – versão extendida (independente)
slim rimografia & thiago beats – mais que existir (independente)
não é de hoje que as grandes gravadoras deixaram de frequentar listas como essa de melhores do ano. além de escolherem quase unicamente a saída do mercado, as majors tem lançado cada vez menos, o que deixa espaço livre, escancarado, a novos jeitos de tratar música. já faz um tempinho que os independentes são maioria nas minhas listas, mas de qualquer forma foi surpreendente olhar na lista e ver vários títulos de dois selos “pequenos”: o carioca coqueiro verde e o paulistano yb music. ambos emplacaram discos em todas as categorias, tanto na dos 25 principais, quanto na dos outros 15 e na lista-monstro que agora segue.
agridoce (vigilante/deckdisc); apanhador só (acústico-sucateiro, independente); ava (diurno, warner); azymuth (aurora, far out recordings); blubell (eu sou do tempo em que a gente se telefonava, yb music); bonifrate (um futuro inteiro, independente); caldo de piaba (volume 3, independente); camarones orquestra guitarrística (espionagem industrial, independente); celso fonseca & ronaldo bastos (liebe paradiso, dubas); che (papagaio's fever, somzera/yb music); chico buarque (chico, biscoito fino); chimpanzé clube trio (tudo veio do nada, independente); cícero (músicas de apartamento, independente); copacabana club (tropical splash, st2 records); css (la liberación, v2/universal); daniel peixoto (mastigando humanos, fora do eixo discos); doncesão (bem vindo ao circo, independente); douglas germano (orí, bac discos); eletrofan (day sky/night sky, el sonora/mutant records); elo da corrente (o sonho dourado da família, independente); erasmo carlos (sexo, coqueiro verde); eta carinae (novos sons e tradições mudernizadas, independente); fabio goés (o destino vestido de noiva, phonobase); faria & mori (outro lugar, reco-head records); flávio renegado (minha tribo é o mundo, independente); funk como le gusta (a cura pelo som, radar records); hamilton de holanda & andre mehmari (gismontipascoal, brasilianos); ivor lancellotti (em boas e más companhias, dubas música), jards macalé (jards, biscoito fino); júlia says (violência, independente); junio barreto (setembro, independente); léo cavalcanti (religar, traquitana discos/yb music); literalmente loucas – elas cantam marina lima (jóia moderna); los porongas (o segundo depois do silêncio, baritone records); macaco bong (verdão e verdinho EP, independente); mariana aydar (cavaleiro selvagem aqui te sigo, universal); marina lima (clímax, liberta records); mopho (volume 3, pisces records); naná rizzini (i said, independente); nevilton (de verdade, sombrero/fora do eixo discos); nuda (amarénenhuma, independente); panorama do choro paulistano contemporâneo (pôr do som/atração); pedro luís (tempo de menino, mp,b/universal); pio lobato (café 2, lado p); pipo pegoraro (táxi imã, yb music); projota (não há Lugar melhor no mundo que o nosso lugar, independente); rael da rima (música popular do 3º mundo, trama virtual); rafael castro (rc canta rc EP, traquitana discos); rashid (dádiva e dívida, independente); rubinho troll (stinkin like a brazilian, independente); silva (silva EP, independente); silvério pessoa (no grau, independente); sobrado 112 (sobrado 112 no país da skapolca, oi música); tibério azul (bandarra, joinha records); tiê (a coruja e o coração, warner); tonho crocco (o lado brilhante da lua, momo king records); vanguart (boa parte de mim vai embora, vigilante/deckdisc); xará (além da razão, independente).
alguns adendos se fazem necessários. dessa ruma, dez discos só não entraram nas listas principais porque a concorrência foi pesada (não coincidentemente todos emplacaram músicas entre as melhores como será lido/ouvido na próxima lista). são eles chimpanzé clube trio (tudo veio do nada), cícero (músicas de apartamento), css (la liberación), douglas germano (orí), junio barreto (setembro), pio lobato (café 2), literalmente loucas – elas cantam marina lima, mariana aydar (cavaleiro selvagem aqui te sigo), sobrado 112 (sobrado 112 no país da skapolca) e vanguart (boa parte de mim vai embora).
três discos/artistas foram decepções semi profundas para o que sempre espero deles: o chico de chico buarque (careta, sei lá, não quero falar nisso), o sexo de erasmo carlos (achei o anterior, rock’n’roll, tão mais intenso) e o jards de jards macalé (alguém pode fazê-lo parar de regravar as mesmas de sempre? se ele não fosse tão genial até nas repetições e eu tão fã...)
também me “decepcionei” – assim entre aspas mesmo porque gostei de todos os discos nessa lista, afinal os ruins e os não ouvidos estão em algum outro lugar - com outros três, mas pelas expectativas criadas nos ótimos trabalhos anteriores, os de estréia. esperei mais de blubell (eu sou do tempo em que a gente se telefonava), fabio goés (o destino vestido de noiva) e tiê (a coruja e o coração), mas aí é coisa minha. de qualquer forma listas são aquela coisa: um dia antes ou um dia depois e a ordem das coisas poderia muito bem ser outra.
p.s. 1: não fiz uma seleção de dvds musicais, mas não poderia encerrar esse post sem citar o excelente caixa de ódio – o universo de lupicínio rodrigues (casa de francisca/canal brasil), registro inspirado de shows de arrigo barnabé entortando à la tom waits as músicas de fossa do grande compositor gaúcho.
p.s. 2: também não poderia deixar de mencionar o grande programa musical televisivo de 2011, o grêmio recreativo (apesar que o som brasil da tv globo continua aprontando algumas ótimas surpresas como gaby amarantos na homenagem a zezé di camargo & luciano). mas nesse grêmio comandado por arnaldo antunes aconteceram grandes encontros, misturas inusitadas, novos e velhos hits, tudo muito bem filmado. a lista dos convidados dos dez episódios da primeira temporada é gigante e afiadíssima, mas separei um dos muitos pontos altos do programa. afinal, foi nele que conheci a maviosa "dia a dia, lado a lado", com marcelo jeneci, tulipa ruiz e grande elenco.
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Um comentário:
MOMO,disparado o melhor.Gaby amarantos cantando Zezé di Camargo,cruz credo.
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