o pedro alexandre entrevistou o produtor pena schmidt sobre o compartilhamento de música na internet, o negócio da indústria, etc. imperdível. separei esse trecho.
pena schmidt - não sabem [a indústria fonográfica] fazer de outra maneira, e querem que o mundo todo pare para eles, para eles continuarem sem descer do mundo. não estão tendo capacidade a se adaptar a um novo meio de comunicação. estamos falando de uma indústria que sempre lidou com essa ambiguidade. a indústria, sempre, desde o seu princípio, deu para poder vender. no tempo que a música ainda era no piano de rolo, chiquinha gonzaga e zequinha de abreu eram demonstradores de loja. ficavam tocando piano para chamar atenção das pessoas. as primeiras vitrolas ficavam na calçada tocando música. quando começam a rádio nacional e as gravadoras, já era exatamente isso: toca no rádio para vender o disco, e de lá até 1990 e... quando mesmo fechou a última rádio de música [risos]? ainda tem uma ou outra, né? enfim, o caminho normal seria am, fm, mp3. os três significam a mesma coisa, veículos para divulgar. a indústria se recusou a entender a internet como isso. dá até para entender no primeiro momento, mas se recusou a se adaptar, pô, durante já 15 anos, dez no mínimo.
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