terça-feira, 31 de agosto de 2010

all beauty must die

vamos lá, rumo aos superlativos. "henry lee", canção sobre um assassinato passional recolhida em algum lugar do meio oeste americano no século 19, é bem assim, superlativa. quer dizer, não a "original", mas gravação feita por nick cave no disco murder ballads (mute records, 1996). não sou fã de cave e conheço pouco o que ele fez antes desse disco. depois passei a seguí-lo, às vezes timidamente e outras novamente surpreso (the boatman's call, de 1997, e dig, lazarus, dig!!!, de 2008). mas é que murder ballads me pegou no contra pé ali por 1996-97. não esperava o clima, os arranjos, a força daquelas dez músicas, entre elas "stagger lee", "o'malley's bar", "the curse of millhaven" e, porra, "where the wild roses grow", aquele dueto com a kylie minogue. e "henry lee", acima de tudo. cantada por cave e pj harvey é, sem dúvida, uma das melhores músicas dos anos 1990 (só por ela dá pra perdoar toneladas de oasis, guns'n'roses, xororós). ainda é o encontro histórico, artístico e amoroso (tiveram aí um namoro intenso e breve na época) de dois grandes artistas. e pra fechar com estilo ganhou um dos melhores clipes da história dos clipes mundiais do mundo. o amor obsessivo, o desprezo, a ira, a morte e a culpa da letra ganharam ares sensuais, apaixonados, na interpretação de nick cave e pj harvey. a direção é de rocky schenk.

NICK CAVE & PJ HARVEY - Henry Lee from Gerri Sferrazza on Vimeo

p.s.: o título do post é um verso de "where the wild roses grow".

Nenhum comentário: